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O que é a amputação retal?

24/09/2024

A amputação do reto é uma intervenção cirúrgica grave, indicada para o tratamento do câncer colorretal em casos selecionados, especialmente quando o tumor se localiza na parte inferior do reto, próxima ao ânus. Durante essa cirurgia, o reto é removido parcial ou completamente, e, em alguns casos, o ânus também é fechado, resultando em uma colostomia definitiva – uma abertura no abdômen pela qual o paciente expele fezes em uma bolsa coletora.

Essa cirurgia é uma opção em determinados casos onde o câncer compromete reto distal, e a proximidade com o esfíncter anal muitas vezes impossibilita a preservação dessa musculatura, responsável pelo controle da evacuação. Felizmente, os avanços na oncologia e nas técnicas cirúrgicas permitem que a amputação do esfíncter seja cada vez mais rara, com maior foco na preservação da função retal e anorretal.

Fatores de risco e importância da prevenção

Os principais fatores de risco para o câncer colorretal incluem predisposição genética, histórico familiar de câncer de intestino, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e dietas ricas em gorduras e pobres em fibras. Além disso, condições inflamatórias crônicas do intestino, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, também aumentam o risco de desenvolvimento de câncer nessa região.

Colonoscopia: prevenção e detecção precoce

Uma das estratégias mais eficazes para prevenir a necessidade de cirurgias invasivas, como a amputação do reto, é o rastreamento regular do câncer colorretal através da colonoscopia. Esse exame, recomendado a partir dos 45 anos para a maioria das pessoas, permite a detecção precoce de pólipos – pequenas lesões que podem se transformar em câncer com o tempo – e tumores em fases iniciais, quando o tratamento ainda é menos invasivo e mais eficaz.

A recomendação de iniciar a colonoscopia aos 45 anos é baseada em estudos epidemiológicos que mostram um aumento da incidência de câncer colorretal em adultos a partir dessa idade, especialmente nos últimos anos. De acordo com a American Cancer Society, a taxa de câncer colorretal em pessoas abaixo de 50 anos tem crescido, levando a uma antecipação na idade de início do rastreamento. Para aqueles com histórico familiar de câncer colorretal, essa idade pode ser ainda mais precoce, dependendo do risco individual.

Por que a colonoscopia salva vidas? 

Durante uma colonoscopia, o médico pode identificar e remover pólipos antes que eles se transformem em câncer, ou diagnosticar tumores em estágios iniciais, quando o tratamento pode ser menos agressivo e mais eficiente. Isso é crucial, pois o câncer colorretal muitas vezes não apresenta sintomas evidentes em suas fases iniciais, o que torna o rastreamento proativo uma ferramenta essencial de prevenção.

Além de prevenir a formação do câncer, a colonoscopia também permite que o tratamento seja iniciado mais cedo, evitando, em muitos casos, a progressão para estágios avançados que possam exigir intervenções mais drásticas, como por exemplo a amputação do reto.

A amputação do reto e o câncer colorretal de uma maneira geral podem ser prevenidos através de uma rotina de exames de rastreamento, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos. A identificação precoce de alterações no cólon e no reto pode evitar que a doença avance, permitindo tratamentos menos invasivos e preservando a qualidade de vida do paciente. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas e evitar hábitos nocivos, como o tabagismo, são formas adicionais de reduzir os riscos de desenvolver câncer colorretal.

Para o correto diagnóstico e tratamento, consulte um especialista. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas. Exames podem ser agendados através do telefone: (47) 3222-0432 ou Whatsapp: (47) 99963-3223.

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