O que causa a hérnia de hiato?

24/05/2023

A hérnia de hiato ocorre em uma passagem denominada “hiato”. Essa passagem está na superfície do diafragma e é o caminho que permite a ligação entre o esôfago e o estômago. A hérnia ocorre quando esse local é maior do que o normal e há um mau posicionamento do estômago e do esôfago.

A hérnia de hiato pode ser de dois tipos:
Por deslizamento: Quando a junção entre o esôfago e o estômago projeta-se acima do diafragma. Na maioria das vezes, esse tipo de hérnia apresenta dimensões reduzidas e, por essa razão, podem ser assintomáticas. Quando há sintomas, normalmente serão leves, associados ao refluxo gastroesofágico, assim como a indigestão.

Paraesofágica: Quando a junção entre o esôfago e o estômago está na sua posição normal, mas parte do estômago é empurrada para cima do diafragma, ao lado do esôfago. Esse tipo de hérnia não costuma causar sintomas. No entanto, por conta de sua posição, parte do estômago pode ser comprimida pelo diafragma e não receber irrigação sanguínea, aí sim com dores e necessidade de cirurgia. Os sintomas ainda podem incluir dores no peito, inchaço, eructação e dificuldade em engolir.

Não é em todos diagnósticos que é possível determinar os motivos do aparecimento da hérnia de hiato. Mas alguns pontos colaboram para haver uma predisposição, como:

- Ter mais de 50 anos de idade;
- Ter sobrepeso (particularmente mulheres);
- Fumar.
Em casos onde a hérnia de hiato provoca sintomas de refluxo gastroesofágico, normalmente o tratamento medicamentoso é realizado para ajudar a reduzir a quantidade de ácido produzido pelo estômago.

No entanto, é preciso avaliar não somente os sintomas apresentados pelo paciente, mas também a dimensão da hérnia. Dependendo do tamanho, se está comprometendo outros órgãos e se o tratamento medicamentoso não ofereceu melhoras, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.

A hérnia de hiato pode ser diagnosticada através de radiografia torácica com ou sem o auxílio de contraste à base de bário. Sua identificação também é possível por meio de uma endoscopia digestiva alta.

Dr. Edson Pedro da Silva (CRM 1434) é um dos especialistas que fazem do corpo clínico da Esadi. Com quase 50 anos de atuação, efetuou sua pós-graduação em gastroenterologia pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE).

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FONTE: Esadi; Penela; ABRAHÃO JR, LEMME et. al.; Ministério da Saúde.

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