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Maio Roxo: Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)

01/05/2022

A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são os mais comuns distúrbios entre as chamadas Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Ambas são doenças inflamatórias crônicas do trato digestório, mas diferem-se pela abrangência.
A doença de Crohn pode se estender da boca ao ânus, intercalando áreas com lesões e áreas normais, e atingir toda a espessura da parede. Os segmentos mais acometidos são a região íleo-cólica, delgado isolado, colo isolado, ânus, esôfago e estômago. No intestino, a parede pode ter trechos espessados e endurecidos em razão da intensa fibrose. O peritônio pode ter partes com micro-ondulações semelhantes às da tuberculose. Já o mesentério pode apresentar gânglios linfáticos aumentados. Mucosas podem apresentar áreas com ulcerações rasas e profundas, e desenvolver fissuras e fístulas.
A doença de Crohn habitualmente causa diarreia, cólica abdominal, às vezes febre, sangramento retal, perda de apetite e de peso. Os sintomas podem variar de leve à grave, mas, em geral, as pessoas com doença de Crohn podem ter vida ativa e produtiva ao receber o tratamento adequado e acompanhamento médico regular.
Já a Retocolite Ulcerativa provoca úlceras no intestino grosso e no reto, afetando a camada mais superficial da parede do intestino. Nesse caso, a lesão é contínua, não havendo áreas sem doença no meio de áreas inflamadas. Os sintomas mais comuns são dor abdominal, diarreia com ou sem sangue e urgência para evacuar, inclusive com evacuações noturnas. Há pacientes que podem apresentar ainda quadro de anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, icterícia, aftas orais e queilites angulares.
A forma mais frequente da Retocolite Ulcerativa é a crônica intermitente, que se caracteriza por um surto agudo seguido de uma fase quase sem sintomas ou com sintomas moderados. Nos casos contínuos, em que há diarreia persistente e intensa, pode haver desidratação e desequilíbrio eletrolítico, com hiponatremia e hipopotassemia. Esta última pode indicar a evolução da doença para um quadro tóxico, com hemorragia maciça, megacolo tóxico e perfuração.
É preciso prevenção e exames regulares para a identificação dos sintomas e a realização do tratamento adequado, uma vez que são doenças que necessitam de frequente vigilância e detecção de complicações. O agravamento da Doença de Crohn ou da Retocolite pode exigir mudanças frequentes de esquemas de medicamentos ou mesmo intervenção cirúrgica e utilização de ostomias.
Dr. Juliano Coelho Ludvig, médico integrante do corpo clínico da Esadi, é gastroenterologista especialista em DIIs e trabalha com uma equipe multidisciplinar. Ele é o responsável pelo diagnóstico e tratamento desses pacientes dentro da Esadi.
Para o correto diagnóstico, a consulta médica com um especialista é essencial. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas.
Exames colonoscópicos podem ser agendados através do telefone: (47) 3222-0432 ou Whatsapp: (47) 99963-3223.
FONTE: ABCD; BARBIERI; LUDVIG; Fiocruz.

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