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Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
17/08/2022A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é considerada uma das doenças mais prevalentes em todo mundo e pode comprometer de maneira significativa a vida dos pacientes.
Estudo populacional realizado nos Estados Unidos mostrou a prevalência desse sintoma em 38% dos indivíduos estudados, sendo que 11% tinham ocorrências diárias, 12% semanais e 15% mensais. No Brasil, a estimativa é que a doença afete cerca de 12% da população.
Apesar da grande prevalência, muitas pessoas não procuram ajuda médica para tratar o refluxo por conta de suas características intermitentes e do fácil acesso que a população tem à medicações não prescritas.
O Refluxo Gastroesofágico (RGE) ocorre quando o conteúdo do estômago volta para o interior do esôfago, que funciona como tubo muscular que leva os alimentos e líquidos da boca para o estômago. O DRGE é a forma mais séria e crônica (de longa duração) do RGE.
Na DRGE, geralmente, o esfíncter inferior do esôfago (o músculo que atua como se fosse uma válvula entre o esôfago e estômago) torna-se fraco ou se relaxa quando não deveria, permitindo que o conteúdo do estômago volte para o esôfago.
Anormalidades como hérnias de hiato também podem causar a DRGE. As hérnias de hiato ocorrem quando a parte superior do estômago sobe para o peito. O estômago pode deslizar através de uma abertura encontrada no diafragma (parede muscular que separa o estômago do peito). Nesses casos, a Doença do Refluxo Gastroesofágico acontece porque o ácido do estômago pode subir através da abertura.
Outros fatores que podem contribuir com essa doença são: obesidade, gravidez, uso de medicamentos específicos, tabagismo ou fumo passivo.
A Doença do Refluxo Gastroesofágico pode ser dividida em:
- Sintomas típicos, como a pirose (conhecida como azia) e a regurgitação;
- Sintomas atípicos, como dor torácica, tosse, manifestações otorrinolaringológicas (rouquidão, pigarro, laringite) e asma;
- Formas complicadas (presentes na forma de esôfago de Barrett, ulceração e estenose).
O diagnóstico da DRGE é feito pelo médico gastroenterologista. Não existe um exame completamente preciso para o diagnóstico. Geralmente, o especialista utiliza uma combinação de procedimentos para fazer o correto diagnóstico. Entre eles, podem ser solicitados: seriografia de esôfago, estômago e duodeno (EED), Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e/ou manometria esofágica.
Para tratar, em um primeiro momento, o médico pode recomendar mudanças no estilo de vida e medicamentos. Porém, se os sintomas não melhorarem com essa primeira abordagem, outros tratamentos (como cirurgia) podem ser necessários.
Para o correto diagnóstico, a consulta médica com um especialista é essencial. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas. Exames podem ser agendados através do telefone: (47) 3222-0432 ou Whatsapp: (47) 99963-3223.
FONTE; Esadi; JÚNIOR; BURATI et. al.; HENRY; NASI, MORAES-FILHO, CECCONELLO.
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