A relação entre tabagismo e doenças hepáticas

20/01/2023

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60% dos óbitos relacionados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) estão diretamente relacionados ao tabagismo. E, diferentemente do que muitos acreditam, o consumo de cigarro e seus componentes afeta o organismo para além da saúde pulmonar.

Com o tabagismo, grande parte das substâncias cancerígenas e das toxinas presentes no cigarro são absorvidas pelo pulmão e, via corrente sanguínea, vão para o fígado, órgão responsável pela purificação do sangue. O fígado, então, trabalhará nesta purificação o máximo que conseguir, podendo conseguir ou não executar essa tarefa sempre com sucesso. A certeza que se tem é que o órgão trabalhará em sobrecarga, dado o alto volume de toxinas a filtrar do sangue do tabagista.

Por conta desta sobrecarga, o fumo prejudica a capacidade do fígado processar medicamentos, álcool e outras toxinas e removê-las do corpo. Em alguns casos, fumar pode mesmo afetar a dose de medicação necessária para tratar uma doença.

Outro ponto importante do tabagismo é que ele representa fator de risco para o surgimento do câncer de fígado. Estudos revelam ainda que o tabagismo acelera ou agrava uma doença hepática pré-existente, como esteatose (gordura no fígado), hepatite crônica pelos vírus da hepatite B e C ou qualquer outra forma de hepatite crônica. O tabagismo ainda pode agravar outras doenças hepáticas.

É importante ressaltar que as doenças do fígado podem progredir para cirrose, condição na qual o fígado lentamente se deteriora e perde sua função essencial. Nesse caso, o tecido cicatricial que substitui o tecido sadio do fígado bloqueia parcialmente o fluxo de sangue através dele.

Para o correto diagnóstico, a consulta médica com um especialista é essencial. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas.

Exames podem ser agendados através do telefone: (47) 3222-0432 ou Whatsapp: (47) 99963-3223.

FONTE: Esadi; MSD Manuals; NUNES.

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