A importância da eliminação de gases para a saúde do organismo

24/10/2022

A flatulência, também chamada de gases, é motivo de piadas e muito constrangimento. Porém, para o nosso organismo, elas são um assunto sério.

Extensa pesquisa publicada pela Universidade Estatal de Moscou estudou qual o efeito sistêmico os gases causam nas células do corpo. De acordo com o estudo, a maioria das moléculas que formam inicialmente os gases são absorvidas pela corrente sanguínea e são expelidas pelos pulmões.

Quando estão dentro do nosso organismo, os gases da flatulência são chamados de gasotransmissores e podem ser liberados por bactérias. Conforme Alexander Oleskin, condutor do estudo, o cérebro usa os gases, como sulfeto de hidrogênio, amônia e monóxido de carbono, para transmitir informações entre as células. Esses gases têm influência no cérebro, mente e, até mesmo, comportamento.

Os gases corporais são formados, principalmente, por nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, metano, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio. Uma pessoa pode produzir até 1400 ml de gases no intestino por dia. Também é possível encontrar outros gases, que têm papéis importantes na manutenção do organismo:

- O óxido nitroso também é encontrado em menor quantidade. Uma parte dele é produzido pelas nossas próprias células. Esse gás atua no sistema imunológico, cardiovascular e também como neurotransmissor. Em estudos com ratos, a falta desse gás no organismo causou hiperatividade motora e sexu@l e depressão de longo prazo.

- Sulfeto de hidrogênio, quando em quantidade insuficiente, está associado com desordens psiquiátricas e epilepsia.

- Amônia, também encontrada em pequenas quantidades, pode causar inflamações no cérebro quando presente em concentrações excessivas.

Essas descobertas podem ajudar no tratamento e prevenção de doenças, principalmente neuropsiquiátricas. Todas essas relações ainda estão sendo estudadas com maior profundidade. Porém, esses achados demonstram que até mesmo as coisas que achamos banais, possuem funções importantes.

Para o correto diagnóstico, a consulta médica com um especialista é essencial. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas. 

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